A carreira
A imagem do enfermeiro abnegado, zelando à cabeceira da cama na casa do paciente, parece fora de moda. Mas a tendência da profissão para os próximos anos é justamente essa: o atendimento domiciliar. "Adotado há muitos anos no exterior, o cuidado em domicílio está em pleno desenvolvimento no Brasil", afirma Josier Marques Vilar, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Medicina Domiciliar (Abemid), em São Paulo. Em certos casos, é possível montar até mesmo um "miniunidade" de terapia intensiva (UTI) na casa do doente. Assim diminuímos o risco de infecção hospitalar, e o paciente se recupera mais rápido, porque está rodeado de pessoas queridas", conta Conceição Resende, que direige a CAEMH, empresa de serviços de enfermagem na cidade paulista de Campinas. Além disso, o tratamento fica mais barato.
De qualquer modo, os hospitais e as clínicas continuam sendo o principal campo de trabalho para esse profissional da saúde. Lá, ele desenvolve uma atividade extremamente dinâminca, no comando de auxiliares e técnicos. "Sem o enfermeiro, o hospital não anda", diz a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de são Paulo, Ruth Leifert. "O médico prescreve, mas quem cuida do paciente somos nós." O enfermeiro não se limita a lidar com pessoas doentes. "Eles são muito eficientes em prevenção, orientando a comunidade sobre cuidados com a higiene e a vacinação", explica Cecília Benatti, professora de enfermagem da Unicamp, em São Paulo.
O mercado
A área de saúde pública está em alta, principalmente com o projeto Saúde da Família, do Ministério da Saúde, que prevê a criação de 14 000 vagas de enfermagem em todo o Brasil, até o ano 2 002. Boas perspectivas também para a enfermagem obstétrica, valorizada desde que o governo baixou uma portaria autorizando esse profissional a realizar partos normais no Sistema única de Saúde. No Estado de São Paulo, por exemplo, menos de 1% dos 22 000 enfermeiros é especializado em obstetrícia.
Salário médio inicial : R$ 856, 94
Em alta: Atendimento domiciliar
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